quarta-feira, 31 de agosto de 2011

fases de uma vida.

A gravidez na adolescencia nem sempre é desejada. Na maioria das vezes da-se por um descuido e quando as pessoas vão a ver já não podem remediar actos ou erros.
Imaginei uma fase da vida de uma adolescente que dos seus erros de garota, agora faz vingança com a sua filha sem que ela tenha a culpa.
A Joana tinha 18 anos quando engravidou da sua não desejada primeira filha. Com esse caso entre mãos, ia contra as suas origens abortar e optou, portanto, por ter a menina.
Quando esta nasceu, nove meses após má vida na barriga da sua mae, desde cedo começou a ser rejeitada, agredida e "renegada".
A menina começou a crescer e não percebia o porquê das inumeras agressões de que era vitima, mesmo quando não errava. Aquela mãe tinha prazer em bater-lhe, pois julgava que a sua filha era a culpada por a sua gravidez na adolescencia.
Desde sempre culpou a menina de lhe ter estragado a adolescencia, de não ter-se divertido o quanto queria.
Quando estava mais revoltava ela batia na sua filha, sem justificação aparente, só descarregando assim o ódio e raiva que estavam instalados no seu corpo.
A menina começou a tornar-se mulherzinha. A sua produção na escola era optima e o seu rendimento era satisfatório, mas a mãe não queria saber. Preocupava-se só e apenas com a vingança daquela gravidez, mesmo apos 15 anos de vida da sua filha.
Quando a menina queria comer uma bolacha, a mae escondia-lhe dizendo que esta fosse comprar. Quando a menina queria brincar, ela negava um abraço, respondendo em troca com um estalo.
A vida da miuda não fazia sentido, pois nem seu pai a compreendia. Ela dizia vezes sem conta que a mãe a agredia, que a mãe a mal-tratava, que a mãe lhe dizia coisas sem sentido e o pai, apaixonado pela sua mae, apenas ignorava tudo o que a sua filha dizia.
Quando aos 17 anos ela apresentou o seu primeiro namorado á mae, esta bateu-lhe em frente ele deixando , entao, a sua filha a sangrar pelo nariz. Com este procedimento, o covarde do rapaz não foi capaz de impedir que a mae lhe batesse, e apenas ficou a olhar.
A menina, ja nao via outro desfecho para a sua vida, senão por-lhe um termo. Felizmente apareceu o actual namorado.
Já com 19 anos, a mae desta continua a bater-lhe e a mal trata-la dizendo que quer o dinheiro que ela ganha. O pai dela, trabalha, recebe e da o dinheiro todo á mae, para que esta, extravagantemente, gastar em roupas de marca e penteados de famosos. Ambos ordenam que a filha dê o dinheiro todo, mas esta recusa-se.
Com 19 anos de idade começou então a pensar dar outro rumo á sua vida. Com a ajuda do namorado esta procura instalar-se noutro alojamento fora do alcance dos seus, tão irresponsaveis pais.
Graças ao amor que sente pelo seu namorado, ela conseguiu ganhar forças para viver com estas atitudes dos seus pais ate ao dia em que irá sair de casa.
Mas terá esta menina, forças para sobreviver sabendo que foi inesperada, mal tratada e mal amada pelos pais ?
Sim, ela tera essa e muita mais força, e demonstrará a todos que, embora sem pai e mae suficientes para a fazer feliz, ela tem um namorado e amigos que permitem que ela sorria, que ela viva e que ela seja incondicionalmente feliz como tempos antes não era capaz.
A força desta menina vence tudo, e prestes a fazer 20 anos, ela vai partir, em busca de uma vida melhor, em busca da felicidade.

não é impossivel amar, mas há amores impossiveis.

No dia em que me dei a alguém, não conhecia o que era isso de dizer que se ama alguém. Julguei que era uma situação banal, pela qual toda a gente passava, mas que na verdade não doesse, nem fizesse o coração desesperar.
Quando comecei a perceber o seu significado e a denotar em mim mudanças pelas quais passava, eu comecei a ver que também no amor existem fases proibidas.
O amor que eu tanto idolatrei durante anos, era aquele que se dizia « eu amo-te » e que quando havia algum problema dizia-se « acabou » sem mágoas nem dores. Mas o amor que eu comecei a viver, era um amor diferente. Quando revia a cara do meu, tão querido, namorado, o coração pulava de felicidade. Quando apressadamente nos tinhamos que despedir, era de uma maneira rapida para que não custasse tanto para o coração. Em dias de Inverno este permanecia quente como se alguém estivesse com uma manta a aquece-lo.
Mas no amor, não há so coisas boas, fantasticas e inesqueciveis.
Quando havia um pequeno desacato, o coração chorava dias a fim como se nada fosse capaz de acalmar aquela incontrolavel dor. Quando, por sua vez, regressava « aquele pilar », então o coração sabia sorrir, e sabia voltar a viver.
Nunca imaginava que, em alguma ocasião, podesse chamar-se a esse tão grande amor, de amor proibido.
Sempre que permaneciamos lado a lado, havia uma imensa vontade de nos conhecer mais e melhor. Os sorrisos partilhados eram fantasticos e os abraços que tantas vezes aqueceram o meu corpo, eram duradouros e incomparaveis. So ele tinha o poder de me amar a cima de qualquer outra pessoa.
Mas os dias bons estariam por um fim.
Consequencia da diferença de idades, a partir de um certo momento, não foi mais permitido aos meus olhos de ver aquela pessoa que tantos anos me teria feito feliz. Assim sendo, o coração não tivera transmissão de felicidade, e desfortalecido ia morrendo aos poucos.
As chamadas e mensagens começaram a ser reduzidas e em nós só ficara o fogo de um amor que era imortal.
Quando me disseram que ele partira para fora do pais em missão, eu chorava incontrolavelmente, pois teria perdido ali o grande amor da minha vida.
Anos após anos iam passando e a saudade permanecia em mim. Sem noticias dele, e com o coração cheio de amor, eu era incapaz de deixar de parte este amor, e partir para outro, pois acreditava que o destino nos iria unir de novo.
Mas não aconteceu. Passaram anos até que a noticia chegou á nossa cidade. Cinco soldados Portugueses tinham falecido batendo-se pelo país.
Ao inicio fiquei em choque mas acreditava que a força do nosso amor não iria deixar que ele fosse um dos cinco. Mas era.
Quando me disseram isso eu prendi-me no quarto. Revi fotos, cartas, e momentos que ja tinhamos passado.
O corpo dele chegara ao país, e o seu funeral seria dentro de dias.
Ainda não compreendia como é que um amor tão lindo e sensato como o nosso fosse proibido pela idade, pelo tempo e pela propria vida. Nada estava a nosso favor, nada lutava como nós.
No tão triste dia do funeral do meu grande amor, eu vesti uma camisola cor-de-rosa como ele gostava de me ver, levei uma saia preta como ele tanto adorava que andasse, e na minha mão agarrava fortemente uma fotografia nosso do tempo em que eramos namorados.
Quando na ultima despedida me pediram que lhe dissesse umas ultimas palavras, eu atirei para junto dele a nossa fotografia e com lagrimas pronunciei:
« leva-a meu amor, para teres a prova de que não era impossivel. A vida levou-te, mas continuo a amar-te como no primeiro dia que me ensinaste o que era o amor».
Virei costas e fui embora, desolada.
Ninguém me seguia e ninguém se importava comigo pois pensavam que isto tinha sido um simples namoro de miudos e que estas lagrimas eram apenas lagrimas de uma menina mimada. Mas não eram.
Hoje é o dia, que passados dez anos ainda me lembro dele, de como eramos felizes e de como nos amavamos mutuamente.
Hoje é o dia em que ainda choro com a ausencia do corpo dele, o dia em que ainda grito pelo seu nome, o dia em que ainda sinto saudades dele.
Hoje é o dia em que ainda o amo, como o amei no dia da sua partida.

[ficticio]

pegadas na areia.

Hoje estive na praia. Estive horas sozinha a olhar o mar e a ver qual o melhor horizonte. De todas as direcções que olhava, nenhuma era a que eu queria seguir, a que me fazia feliz.
O vento suprava de uma forma forte e o meu cabelo esvoaçava com ele. A força do vento era superior á força do meu corpo, que hoje se encontrava vazio, sem alma e sem coração.
Vezes sem conta dei comigo a olhar para mim mesma. O meu corpo estava frio, a minha pelugem estava levantada. Contudo, eu não era capaz de sentir esse frio que tanto se infiltrava em mim. As ondas do mar estavam sossegadas, ao bater na areia não faziam o som que sempre fizeram, e estavam alteradas pela presença de pedras na costa.
Também o mar e a sua apaixonada areia teriam discutido, teriam mergulhado na realidade das suas ondas e visto que ambos puxavam em sentidos opostos.
O mesmo acontece comigo. Puxo vezes sem conta em sentidos opostos a mim mesma. Mergulho vezes sem conta na realidade dos sonhos que, muitas vezes inundada nas almofadas presencio, e espero ansiosamente que eles se realizem esquecendo-me que são meras fantasias. Erro inumeras vezes comigo mesma, tentando sossegar os meus sentimentos e calar o meu coração.
Quando ele chora, eu limpo-lhe apressadamente as lágrimas que tanto corroem a minha alma e o partem em bocadinhos pequenos. Quando ele grita, abafo-lhe a voz, e só eu sei o que ele gritou, disse ou expressou.
Limitei-me a inventar que estava tudo bem, que eram só etapas e que mais cedo ou mais tarde o vento traria tudo que necessitava para ele renascer. Mas hoje não aconteceu assim. Eu pedi auxilio ao vento e ele negou-me ajuda. Como recompensa ele suprava forte, trazendo para mim todas as memórias que se instalavam fundo do meu lado sentimental. Ao aparecerem em mim, destruiram aos poucos o imenso espaço onde preservava as memórias insubstituiveis, misturando assim todas as boas e más lembranças.
Dói ver tudo que perdoei e que tão inesperadamente voltei a lembrar.
O medo voltou a aparecer, desta vez já no escuro, misturando-se dois medos irreversiveis. Se por um lado estava mal, triste e desfortalecida, por outro queria era levantar-me e fugir daquela imensa escuridão. Mas tudo me prendia ali.
Hoje tive medo de te perder, de olhar para ti um dia, já velhinho, e ver que perdi a essencia da minha felicidade, mas também tive medo de me perder. Olhar para mim e saber que tudo é uma incognita atormenta-me e tal como no mar e na areia, existem pedras pelas quais é impossivel lutar para remove-las.
O mar hoje negou-me ajuda prendendo a mim a ancora do medo e das lembranças.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

não vires as costas.

«Não tenhas medo, não grites nem fujas. Eles são apenas um obstáculo que, desnecessariamente, vem enfrentar o nosso caminho» - dizia ele.
Então eu abri os olhos sem medo de ver a claridade do mundo cá fora. Quando me deparei com a mudança, já o mundo se tinha tornado diferente.
Eu tivera fechado os olhos perante tantos problemas e discussões. Eu tivera desistido de ver o sol e preferia, diariamente, viver na escuridão.
Quando ele proclamava aquelas palavras de consolo, eu mantinha o medo em mim e consequentemente não respondia. Os meus dias eram cheios dele, via-o em todo o lado mesmo de olhos fechados. No vazio dos meus olhos era isso que eu encontrava, o tal menino que eu tivera visto na ultima vez que os abri.
Mas o mundo a que eu estava habituada, teria sofrido uma alteração enorme. De tal maneira que já não reconhecesse sequer o sitio onde me encontrava.
Quando abri os olhos, depois de tanto tempo de angustias e medos, eu vi que ele tivera cumprido o que prometera muito antes e os fechar.
«mesmo que tenhas medo, eu estarei do teu lado, para que tu saibas que é aqui o meu lugar. Contigo e ao teu lado é como me sinto bem» - teria sido o que ele dissera.
Percebi, então, que a história e amor que eu idolatrava durante tantos anos, teria sido apenas uma aprendizagem para que a(s) proximas não fossem um fracasso.
Após começar a reconhecer o mundo, eu vi que os olhos dele mostravam uma pessoa triste. Aos promeiros tempos recusei-me a perguntar o que se passava, mas dias atrás de dias, eu não contive a pergunta:
«que se passa? sinto-te triste e distante»
Ele, então, afastou-se e deitando-se na cama perguntou-me amedrontado:
«se eu fechasse os olhos, também tu ficarias comigo, dias afim, sem medo de nunca mais os veres abrir ? também tu me contarias como foi amar-me em silencio, como foi amar-me sem poder-me tocar? Se calhar tu não sabes, mas estes foram os tempos mais dificeis da minha vida. Também eu me abstrai do mundo e concentrei-me a juntar as peças ao puzzel.
Não percebo, por muito que tente, o porquê da tua insistencia em não olhar o mundo. Sempre juramos que iriamos ser fortes independentemente dos obstaculos que nos aparecessem, ou não, pela frente. Ao primeiro obstaculo tu ages por impulso, e tendes a fechar os olhos e a deixar-me, também a mim, numa escuridão imensa. Parte de mim, neste tempo morreu sabes? E a maneira de ressuscitar era tão simples que tu, quando inesperadamente abriste os olhos, nem te preocupaste em faze-la. Eu sou o teu namorado, aquele a quem chamas ou chamavas de homem da tua vida. Neste momento estou desfortalecido e o meu coração murchou. Achas que algo me pode fazer reviver? Continuas a achar que agiste correctamente e que a maneira mais facil de resolver os problemas é fugindo deles? Então deixa-me que te diga, que por mais que te ame, tu estás errada. Tão errada como achares que 1+1 são 3. Agora percebes o porquê de eu andar realmente triste ? Porque não entendo como foste capaz de, com os teus medos, destruir tudo o que tinhamos contruido. » - num virar das costas ele grita-me acrescentando «ainda assim, mesmo com esta ausencia de ti, eu continuo a amar-te» e desoladamente chora, com a cabeça na almofada deitado na cama.
Aí eu realmente percebi que na parte em que eu mais precisei ele manteve-se do meu lado. Que quando me faltaram os dois olhos ele emprestou-me os dois dele, sem medo de ficar ás escuras. Percebi que ele por mim fazia de tudo e que eu, no momento em que ele estava mais magoado, não estive lá. Mas hoje, quando abri os olhos eu percebi.
O erro já está feito, e contudo não volta atrás, mas pode ser emendado.
Eu deitei-me ao lado dele, e também eu lavada em lágrimas disse-lhe de uma maneira sincera:
« desculpa, eu sei que tens razão e que errei por tudo que fiz ate hoje. Sei também que nada vai mudar a dor que tens em ti e que, sem querer, fui incorrecta ao ponto de me tornar cobarde e fugir dos meus problemas. Mas as nossass discussoes atormentavam-me. Eu só queria que me provasses que esse amor, que tanto dizias eterno, era realmente meu, era realmente nosso». Deitei-me portanto a chorar e repeti «desculpa e obrigada por teres esperado por mim».
Nesse momento não obtive resposta e também ele teria entrado num momento de escuridão. Ele fechara os olhos e faria, para mim, o mesmo que fiz com ele.
Passou dias e dias, em que nem uma palavra dele ouvia. Pensei, vezes sem conta em virar-lhe as costas e por um fim a todo este mundo escuro e silencioso, mas acobardei-me. Não era capaz de partir sem ele.
Todos os dias eu lhe escrevia uma palavra. Todos os dias eu lhe lia o que escrevia. E ele não tinha, nunca teve uma reacção que me desse.
Quando, cansada, escrevi a palavra « desisto » e virei as costas, ao fechar a porta ouvi ele a falar. Voltei a correr, e ele já não mais respirava.
Percebi que tinha sido ali , o fim daquele meu grande amor.
Quando, inconsolavel, fui aos cadernos dele, vi que todos os dias também ele escrevia. No tempo em que estive na escuridão, ele ganhou uma doença na qual a cura não teria sido encontrada. Quando ele entrou, de igual modo, no seu mundo escuro, era apenas uma despedida da vida, de mim.
No caderno, onde ele escrevera dias sem fim, tinha varias palavras. As ultimas eram as que mais me costava ler. Ele escrevera, tão sentimentalmente:
« estive aqui, por tempo indeterminado. Quando mais precisei negaste-me ajuda. Sabia que não ias suportar o meu silencio e que irias partir. A ti, minha eterna menina, te digo um ultimo e eterno "AMO-TE". Agora vive, deixa a escuridão e sê feliz. Perdeste tempo demais com os teus medos para perceber que no amor, tens que saber confiar. Até logo, minha amada.»
Já passaram anos desde que "o meu menino" partiu. Onde estás tu ?
Todos os dias te ponho uma rosa no teu jazigo e te pronuncio palavras das quais tu me pronunciaras. Será esta a tua vingança ?
Se foi, meu amor, peço-te perdão. Porque hoje estou a sentir na pele, tudo o que um dia te fiz passar.
Até sempre, meu grande amor, ficarei eternamente aqui, do teu lado, ainda que esta ausencia de ti predomine na imensidão deste mundo.
Fictício.

domingo, 21 de agosto de 2011

Prometo-te, irmão.

Ainda me lembro de como tudo começou e de como nos davamos mal. Ainda hoje é o dia em que recordamos isso com um enorme sorriso na cara, porque tem a sua grande piada. Mas isso está para além da nossa grande historia e cumplicidade.
Quando nos conhecemos nada era como agora. De á uns tempos para cá que tu tens sido em mim e para mim um gigantesco pilar. Sabes de todos os meus fracassos até mesmo os mais incompreendidos. Reconheces todas as minhas "caras" e sabes tão bem qual o estado de espirito em que me encontro. Com um sorriso, um olhar ou por vezes um silêncio, tu sabes o que se passa comigo. Conheces-me de trás para a frente, do avesso, de costas e até mesmo no escuro.
Foi contigo, meu grande amor, que passei as melhores noites, os melhores momentos, as melhores risadas. Foi a ti que contei todos os pormenores de todas as partes tristes da minha vida, todos os pormenores dos maiores embaraços que ja passei e também todos os pormenores de toda a minha felicidade.
Tu, Marco, tu és o melhor, com todas as letras e sem separações. O melhor de todos.
Aquele a quem se pode chamar verdadeiramente de amigo. Tu sabes sê-lo a todos os segundos, a todos os minutos e por toda a vida, tenho a certeza.
Se algum dia voltares a perguntar-me «e será assim mesmo quando as aulas acabarem?» eu reponder-te-ei que será assim mesmo quando a minha vida acabar. O meu amor por ti é infinito, mesmo depois da morte.
E para que tu saibas, sem grandes duvidas:
És único e como tu NÃO HÁ igual.
Melhor amigo, eu amo-te como se ama um irmão de verdade. Amo-te como se o teu sangue corresse no meu corpo e como se a cada momento de dor em ti, a dor fosse minha também.
Tu és aquele, aquele a quem jurarei amor eterno e sem medos te prometerei: SERÁS PARA SEMPRE.
Obrigada por todos os teus grandes abraços e beijos. Por todas as tuas palavras e brincadeiras. Obrigada por ti na minha vida, meu grande e eterno IRMÃO♥
Prometo-te eterno amor, Marco André Martins Lopes *

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

sister.♥

Tu mereces que eu fale de ti com o maior amor que existe, mas hoje estou sem imaginação. Vou deixar decorrer tudo como se os dedos deslizassem sozinhos por este teclado e escrevesse tudo o que sinto.
Foi de uma maneira linda a primeira vez que nos vimos. Eramos «rivais», jogavamos em equipas diferentes e que, por sua vez, estavamos em competições para ver qual chegava mais avante. Mas a rivalidade que existia entre equipas era uma rivalidade boa. Ou seja, nós tinhamos entre nós uma amizade, nunca antes vista. Não nos conheciamos e aliás, não conhecia ninguém da tua equipa, tu lembras-te ? Mas com a ligação que estabelecemos, começamos a dar-nos lindamente.
Todas as semanas esperavamos por aqueles tão lindos Sábados que nos envolviam num ritual que era unico. Sabiamos que só uma equipa poderia passar mas ainda assim, estavamos juntas, todas juntas.
Eu sei que a equipa tinha várias jogadoras, mas desde sempre tu eras «aquela» menina. Aquela que estava sempre lá, que falava sempre da melhor maneira, que apoiava sempre quando os jogos eram com outra equipa. Tu estavas lá, sempre presente, meu amor.
E quando, no final, a minha equipa passou e a tua (infelimente) ficou para trás, tu sorriste, desejaste boa sorte. Mostravas ser, desde cedo, uma grande amiga, só pelo facto de perguntares sempre que tinhamos jogo «ganhaste?» e esperavas impacientemente uma resposta positiva. Quando eu dizia que sim, eu sabia que era uma vitória para ti também, e que isso nos ia unindo, cada vez mais.
Quando também a minha equipa saiu do campeonato, tu sentiste tal como eu e todas as nossas jogadoras. Tu eras um apoio, principalmente para mim.
Foi aí que a amizade começou a aumentar. E eram conversas de horas. Desabafavamos sobre tudo, sobre todas as coisas, sem preconceitos nem rodeios. Eramos uma convertida no corpo de duas. Era só um amor dividido por dois corações.
Já passamos por altos e baixos. Por momentos bons e maus. Ja choraste e eu sequei as lagrimas, por vezes com palavras, tal como ja aconteceu ao contrario.
Ja rimos ás gargalhadas tipo tolinhas e tambem ja discutimos tipo «irmãs». Já nos ralhamos mutuamente como ja nos apoiamos da mesma maneira.
Contudo, mesmo com estes obstaculos nós vencemos tudo, todos e todas as barreiras. Nós ultrapassamos medos juntas. Vencemos «maus olhares» alheios. E hoje estamos aqui, juntas e unidas como no inicio. Continuamos, portanto, a ser uma só mas em dois corpos. E o amor que partilhavamos continua, por nós, a ser partilhado.
Os sorrisos que davamos, esses permanecem em nós. E as chamadas de atenção mutuas também continuam bem presentes.
A minha admiração por ti e pela tua pessoa, continua a aumentar de um jeito incontrolavel. E o orgulho, esse está sempre presente.
A ti, minha irmã, agradeço por estares aqui dias e noites, sem me deixar cair e sem me deixar chorar. Por estares aqui dias afim e noites sem fim. Por seres tu mesma e nunca mudares.
És mais forte que ferro, e dás-me a força que preciso quando estou em baixo.
Por ti, farei exactamente o mesmo quando precisares e a ti darei o maior amor que poderei dar a alguém. Mesmo com todas as diferenças notáveis que existem, tu és uma grande e eterna Mulher da minha Vida.
Há irmãs que são de sangue, e outras de coração. Tu não és de sangue, mas o que te doi a ti, doi-me a mim. Estás interligada ao meu coração, não pelo mesmo sangue, mas pelo mesmo amor.
Filipa Alexandra Magalhães Costa, amar-te não se define

amor (des)medido.

É estranho como hoje estou aqui sentada num cadeirão a escrever para ti desta maneira tão sensivel e verdadeira. Vou escrever para ti, na primeira pessoa do singular e mais tarde na primeira do plural.
Tu, meu Rui, tu apareceste na minha vida de uma maneira que nem eu esperava. Eu estava frágil e estava numa altura que para mim os rapazes era um alvo a abater. Não tinha sentido dizer "gosto de ti" e acho que nem coração tinha para o fazer. Estava com um coração do tamanho de uma pedra das mais pequeninas que existe. Era fria e não me importava comigo nem sequer com as outras pessoas que me rodeavam diáriamente. Estava destroçada e sinceramente não julgava que fosses tu, meu amor, que me viesses curar desta maneira o coração.
A maneira como tu me dizias as coisas e como tu apareceste na minha vida, vieram mostrar que tu, comparado aos outros rapazes, não só eras diferente como especial. Tinhas comigo e para mim uma atenção e um carinho que eu, realmente andava a precisar mesmo sem me aperceber.
A partir desse dia, eu sei que suavizei a maneira como tratava as pessoas e mesmo eu sentia-me mais calma. Desde o inicio que tiveste um grande papel na minha vida.
O teu jeito de me dar os teus abraços, o teu jeito de me chamar de "pequena", o teu jeito até de olhar para mim, cativaram-me. E por acréscimo, essa tua simplicidade veio dar-me mais confiança ainda.
Partilhamos, então, vivencias do nosso passado e começamos a apoiar-nos mutuamente no que quer que fosse. Foi ai que apareceu esta amizade, que embora transformada em amor, continua activa em nós. Eu não vou dizer que tudo o que passamos até hoje foi maravilhoso, incrivel e perfeito. Claro que não foi. Tambem nós tivemos as nossas discussoes, também nós tivemos os nossos ciumes e as nossas «birras». Mas e daí ? Quem não as tem ?
Como já dissemos um para o outro, foi tudo isso que nos deu a união que hoje temos.
Eu podia escrever um livro com a nossa pequena história, que para mim é tão grande. Mas eu prefiro escrever-te poucas palavras e que tu as percebas com o maior e melhor sentido.
És tu meu amor, és tu o rapaz que em mim tem o poder de alcançar e inalcançavel. És tu que consegues inverter o irreversivel. És tu que consegues vencer o invencivel. És tu e só tu que consegue matar o imortal. Tu és a razão mesmo quando não existe. Tu és a luz mesmo em dias fechados. Tu és o unico, o eterno.
E sei meu amor, sei que um dia a segurança que eu preciso tu vais dar-ma na medida exacta. Porque o tempo tráz tudo e espero do fundo do coração que não leve nada do que é nosso.
O sorriso que tu tens, eu espero ve-lo sempre mesmo que um dia precises de asas para voar e continuar a sorrir. Eu farei de tudo, independentemente das consequencias pessoais, para que tu sejas eternamente feliz.
E tu, farás igual ? Vamos ser os dois a lutar contra a mesma força? Vamos ser os dois a lutar pelo mesmo amor?
Só o tempo nos dará as respostas mas eu sei, que a nossa força, vencerá tudo. Nós juntos, sim, somos indestrutiveis. Será um novo caminho que iremos enfrentar, e venceremos espero. Amores como este são raros, mas quando existem são verdadeiros e com luta podem ser duradouros e quem sabe eternos.
Existe limites e medida para tudo menos para o amor (des)medido!
rp ♥

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sem limites.

Até pode ser um sonho, mas eu quero tudo. Eu quero sorrir, quero brincar, quero viver tudo e de tudo ao teu lado. Como se não bastasse, eu ainda quero amar-te, amar-te como o mar ama a areia.
Eu quero que o mundo pare quando estou do teu lado. Quero que o relógio deixe de bater as horas.
Se o meu dia não quiser ter luz por si só, tu dar-lhe-as o brilho que ele necessita. Tu és o brilho e a escuridão. Tu és a força e o fracasso. Tu és o tudo e o nada.
Tu sabes tudo. Tu fazes tudo. Tu consegues resumir o resto do mundo a nada quando me abraças.
Tu transformas o mundo. Tu transformas-me a mim. Tu transformas a vida.
E um dia, um dia quando isto tomar outra estrada, eu só quero que tu te lembres, qua seja qual for o caminho, o nosso destino será sempre o mesmo.
Estarmos juntos também é uma acção. E por sinal, agir desta maneira faz-me feliz.
Por isso ama-me. Ama-me e faz-me feliz, sem limites, porque a vida não pára e o tempo muda tudo num fechar dos olhos.

(in)compreendido♥

A meio de uma conversa entre um casal, surge uma discussão:
(...)
Ele- e tu ? Não tiveste outros namorados também ?
Ela- tive, já te falei disso e já te disse que sim.
Ele- então porquê forças em falar nas minhas ex-namoradas ?
Ela, incansável, começa a chorar.
Ele- porquê choras ? Porquê teimas em destruir tudo por causa do meu passado ?
Ela- porque embora tu não saibas, nós mulheres temos um 6ºsentido muito apurado.
Ele cala-se durante uns demorados segundos. Então entre pausas, lágrimas e gaguejos ele explica:
- Sabes ? eu nunca te disse porque tive medo de te perder. Mas é verdade. Eu no meu passado cometi muitos erros. Agora que realmente penso em tudo que fiz eu arrependo-me. Desde que te conheci que percebi que eras tu "a tal" e que o amor que eu julgava tão grande, comparado ao nosso, não tem sequer tamanho. Mas eu não sabia amor, eu não sabia que te ia conhecer. Que iria realmente ver que o amor é mais que dizer "eu amo-te", eu não sabia.
Ela- Mas então e eu ? Eu também nunca soube se o amor que eu vivia era um verdadeiro amor. Nunca soube, era o primeiro. Era um conhecer de novos caminhos e de novos sentimentos. Era a primeira vez que uma vida, conjugada com a minha, tentava ser feliz. No entanto, achas que agi por impulso ?
E todas as vezes que me falas no teu passado, achas que não me poes com medo ? Achas que aguento tudo ? Que sou de pedra e que também eu, não sofro ? Sou uma pessoa como as outras, ao contrario do que possas ou não achar.
Ele- Eu só te digo, tu não es uma pessoa como as outras. Eu tenho-te a dizer que(...)
Ela- Não ? é esse o problema. Julgas sempre que sou forte, que sou diferente que aguento tudo(....)
Ele- Pára. Deixas-me acabar o que tinha para te dizer ?
De todas as mulheres que eu conheci ate hoje, tu es a unica que consegue despertar em mim o maior desejo só com um sorriso. És a unica que me faz vibrar quando já sinto o perfume. És a unica que me faz sentir feliz. E como se não bastasse, TU es a unica que eu amo. Que eu amo de uma maneira que não se imagina. E agora, consegues compreender o porquê de te falar do meu passado ? Porque todo ele é inferior a ti, todo ele é inferior a Nós.
Ela- Tu sabes que isso não me conforta. Isso apenas atenua este momento, tão critico, da nossa relação. Mas, então e quando elas te aparecerem á frente ?
Ele- Quando elas me aparecerem á frente ? Eu vou, com todo o orgulho, dar-te a mão. Se as comprimentar dir-lhes-ei com o maior sorriso "esta é a minha namorada", e avançarei. Avançarei como se aquele espaço fosse nosso e como se a minha vida, antes de te ter, tivesse sido apenas mera aprendizagem. So o que passo e passarei contigo irá contar, e só a nossa felicidade irá valer. E agora, o medo já pode ir ?
Ela- Só quero dizer-te mais uma coisa(...)
Ele- Tu sabes que podes dizer-me tudo, independentemente do grau de amargura em que as palavras venham.
Ela- O que eu te queria dizer era que tu és realmente fantástico. Que tu és verdadeiramente o Homem que eu precisava e que, aqui, meu amor, neste nosso jardim tão lindo, eu te prometo que lutarei por este tão grande sentimento, ate todas estas flores murcharem. Quando chorares, será aqui que nos encontraremos e só os dois partilharemos essa dor. Quando o mesmo acontecer comigo, refugiar-me-ei aqui e tu virás ter comigo, para me consolar. Apartir deste momento, a nossa vida começa aqui, em conjunto.
Ele- Em conjunto, meu amor ?
Ela- Sim, em conjunto. Nunca ouviste dizer que para estarmos juntos não precisamos de estar perto ?Então é mesmo isso, vamos viver uma vida conjunta. Embora cada um no seu espaço, nós estamos unidos. Sabemos que a linha que nos une é invisivel e só nós a vemos, mas será assim, enquanto a nossa imaginação for de encontro ao nosso coração. Estamos ligados, e isso vai para além do imaginário.
Ele- E os medos, já foram?
Ela- Eu gosto de ti, até por demais, e é por isso que eu tenho tanto medo. Tu consegues compreender-me ?
Ele- Eu nunca to disse, mas embora não saibas, também eu tenho esse medo. Sabes porquê ? Porque perder-te era perder, neste momento, a minha fonte de felicidade.
Os dois abraçam-se e entre sorrisos eles juram eterno amor. Quando tudo já parecia dito então ela lembra-se:
- Ainda não te disse o mais importante.
Ele- Estás a tempo de o dizer.
Ela agarra-o, e para que ficasse ali, entre eles, ela sussurra-lhe lentamente ao ouvido um sentido e sincero:
- "a-m-o-t-e".

«Há amores que valem apena♥»

sábado, 6 de agosto de 2011

need you NOW.

Eu tenho vontade que me agarres como mais ninguém sabe agarrar. Que me apertes como mais ninguém sabe apertar. Que me beijes como mais ninguém pode beijar.
Eu tenho vontade que grites para mim que sou "a tua menina". Que me digas ao ouvido que já tens saudades minhas e ainda nem me deixaste. Que me fales em amor eterno, mesmo quando não sabes o futuro.
Eu tenho vontade que me digas que me amas. Que me digas que sou a única da tua vida. Que sou eu, e só eu o teu grande amor.
Tenho uma vontade manipulada pela saudade. Vontade essa que me obriga a ter saudades de tudo o que passamos. Saudade essa que me faz ter vontade de estar agora, aqui, contigo.
Eu tenho uma vontade absurda de te agarrar, de te apertar, de te beijar. E tenho uma saudade louca que me agarres, me apertes e me beijes.
Então, meu querido ? Estás á espera de quê para vir a correr até mim ? Para vir sussurrar para mim ? Para vir sorrir comigo ?
É que eu sei que também tu sentes essa vontade e essa saudade. É que eu sei de tudo, de tudo isso. Sei que gostas de mim, que gostas de tudo de mim. Que gostas de mim de uma maneira que só tu sabes gostar e só eu consigo compreender. Que não há ninguém que goste tanto de mim como tu. E que tudo que mais querias era estar agora ao meu lado.
Mas e tu ? Tu queres saber se gosto de ti ? Se quero ficar contigo sempre ?
Anda até mim. Talvez no meu olhar, no meu sorriso e na minha felicidade, encontres a resposta a todas essas perguntas e dúvidas que a distância fornece, tão incorrectamente, ao teu coração.
Se o que os olhos não veem, o coração não sente, como se explica a saudade?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tomorrow (...)

Amanha será outro dia. Eu amanha...eu amanha vou acordar bem disposta. Vou acordar de cabeça erguida e de sorriso nos lábios.
Amanha vai haver um novo renascer em mim. Vou abrir os braços, vou alargar o coração e vou fazer-me mulher.
Amanha, eu amanha quero. Amanha quero fazer tudo novo. Quero abrir um novo coração, com uma nova maneira de pensar e de agir.
Amanha eu não vou sofrer mais. Vou sorrir. Vou brincar. E vou fazer tudo o que fazia antes.
Amanha eu vou fazer de tudo para que tu voltes. Para que tu, já num coração novo revivas todos os momentos que passaste comigo. Um coração novo, eu disse bem, mas seremos as mesmas pessoas a viver o mesmo amor.
Amanha eu vou limpar-te todas as lágrimas e as minhas já terão secado.
Amanha eu vou arrumar as malas, e fugir. Vou fugir contigo.
Amanha vou dar-te a mão. Vou-te abraçar-te com todas as minhas forças. Vou rir-me contigo como até agora sempre o tinhamos feito.
Amanha, meu amor, amanha eu vou soltar todos os meus medos e angústias. Todas as minhas dúvidas e inseguranças. E vou também soltar todas as sombras e fantasmas que existem em mim.
Todos os meus desvaneios e erros serão corrigidos. E todas as peças do meu coração serão coladas.
Todas as palavras más que pronunciei serão apagadas do meu vocabulário. E as boas, essas serão ditas com mais frequência. Serão pronunciadas com maior intensidade. E serão sentidas ao mais pequeno pormenor.
Amanha!
Nós amanha vamos voltar a viver o nosso sonho. A nossa vida.
Mas enquanto o amanha não chega, então deixa-me que de diga que hoje, que hoje eu vou continuar a gostar de ti da mesma maneira, da mesma forma. E não vou explicar o quanto nem o como. Sabes porquê ? Porque não há palavras que o expliquem.
iloveyou every day,

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

tarde demais.

E chega a um ponto, que mesmo quando queres acreditar, tu não consegues. Mesmo quando queres banalizar os acontecimentos, tu não sabes. Mesmo quando queres ignorar as dúvidas, tu não suportas. Chega a um ponto, que tudo te parece igual. Que os dias brilham com a mesma intensidade e que o vento da noite, bate nas porta da mesma maneira de á uns tempos atrás.
Então sais. Tu sais, vais para a rua como se o tempo fosse teu. Como se o mundo te pertencesse e como se nada nem ninguém te conseguisse destruir, te conseguisse abalar.
Quando tornas ao ponto de partida, vês que nada mudou. Que os pequenos pedacinhos do muro, que te partiram, continuam ali, no chão, partidos. Ninguém pegava neles. Todos passavam e ficavam imunes ao que viam. Para eles, que não estavam dentro do assunto, eram simples pedras de um muro velho. Para ti, que eras o muro, eram os pilares que te seguravam.
Foi nesse dia, nessa noite fria e por baixo de chuva que tu te meteste á estrada. Não fugias de nada, mas no entanto procuravas ajuda.
Quem te via, dizia que eras mais um mendigo. Dizia que tinhas fome, que tinhas cede e que querias dinheiro.
Na tua cara só se via tristeza. E no teu corpo a marca de um jogo sujo.
Realmente, em todos os casos, tu tinhas fome, tinhas cede. Estavas triste e estavas marcado.
Sentias-te culpado, por tudo. Sentias que podias ter sido diferente. Que podias ter dado menos amor. Que podias ter sido mais frio. Que podias ter entregue só metade do teu coração.
Mas não te arrependias. Não te arrependias porque sabias que o teu lugar era ali. Sabias que por um tempo indeterminado, aquele foi o teu refúgio. Aquela foi a tua casa.
No dia em que tiveste que fazer as malas, o teu muro começou a destruir-se. Ter-te-iam desfeito todos os sonhos que falavas durante uma vida. Ter-te-iam sofucado ao ponto de desistires.
Mas tinhas que ser forte. Tinhas que sair de cabeça erguida. Tinhas que mostrar ao mundo que voltarias a ser o muro que muitos julgaram, que muitos banalizaram, que muitos ignoraram.
Tinhas que mostrar que sabias ocupar o lugar a que pertencias. Que sabias dar conta do teu recado. Que sabias tomar conta de ti
Acabaste por não conseguir!
A fome e a cede que tu tinhas, eram enviadas pelo teu coração que estava lavado em lágrimas sem que por fora o mostrasses. Estavas fraco. Estavas outro. Já não eras o mesmo muro, com a mesma força, com o mesmo poder. Ao ir-te embora, levavas a cabeça baixa, e as lágrimas teimavam em cair, desfanzendo assim mais um bocado de ti, do teu coração.
Mas lembra-te, só te destruiram porque não souberam amar-te da mesma forma que tu. E sublinho, da mesma forma que Tu!
Enquanto partias, com as tuas malas feitas, ouvias uma voz que chamava por ti. Dizia-te que afinal foi engano, que afinal não podia perder-te. Aí, já tu te tinhas feito á vida. Já tu te tinhas mentalizado que aquilo não era viver um amor verdadeiro. Que aquilo era só um misto de prazer e de vaidade.
Foi nesse dia, e só nesse dia, que tu conseguiste dizer-lhe "Tarde Demais".

terça-feira, 2 de agosto de 2011

é mesmo isso, passado;

Ainda dói olhar para trás. Ver o que fui e no que me transformei. Ver que podia ser hoje "aquela" menina com os sentimentos todos no sitio. Não o sou. Sou esta adolescente. Com sentimentos trocados e com dúvidas no ar. Com medo de confiar e com a desconfiança de estabelecer algo definindo como "para sempre". Foi um bem e um mal que me fizeste. Tenho os pés bem colocados no chão, e estou lúcida de que tudo pode acabar num fechar dos olhos. Por outro lado tiraste-me a vontade de sonhar com um futuro.
Ainda dói. Ainda dói ver no que te tornaste e saber também que te magoei. Sei que rancor não se deve guardar e de parte a parte existe aquela amizade, que só nós sabemos definir.
Mas sabes ? Ainda dói. Ainda dói porque não era este o desfecho que eu queria. Pelo menos, não a parte em que ambos saíamos magoados.
E tu, ainda sabes confiar em alguém a 100%? E consegues dizer que amas com o amor mais puro, sensato e eterno ?
É que eu perdi essa maneira de ser. E gostava de voltar a encontra-la. É que eu ganhei um medo de viver. E gostava de perdê-lo.
Fecho os olhos e não vejo qualquer tipo de ódio ou de ressentimento para com essa pessoa que fez de mim o que sou hoje. A única mancha que vejo é esta: que embora já com grande parte colada, ainda ha em mim, um terço de coração partido. Não pelo que me fizeste, mas pelo que fizemos mutuamente um contra o outro, quando pronunciamos a palavra "acabou".
É mesmo isso, dói, mas passado é passado!
Obrigada.

voltaste.

Que saudades que tinha tuas. Que saudades que tinha de ver a tu cara, de ouvir a tua voz e de ver-te sussurrar no meu ouvido, para que mais ninguém se aperceba do que dizes.
Que saudades que eu tinha de dar-te a mão. De abraçar-te. De beijar-te.
Que saudades que eu tinha, até das tuas gargalhadas sem fundamento. Tinha tantas saudades.
Neste ano que não estiveste presente, muitas coisas mudaram sabes ? Acho que a menina que conheceras desde sempre, ficou onde devia ter ficado, no passado. Com a evolução do tempo, cá estou eu, meu amor, a tua menina que ainda á pouco conseguias e querias a toda a força pegar no colo. Essa sou eu. Em ponto um pouco maior.
Estou tão feliz em te ver. É como se uma nova luz se acendesse dentro de mim.
Sei que em breve vais voltar para o teu lugar, para o teu país. Mas neste momento... neste momento deixa-me viver estes dias com a máxima intensidade. Deixa-me amar-te e ama-me. Ama-me dessa força que só tu sabes. Dessa forma que só uma avó de verdade consegue.♥

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

amor, meu amor ♥

Eu tinha-te prometido que um dia ia dedicar-me a ti, a escrever para ti, e a dizer tudo sobre nós. Mas agora que me ponho pronta para "esse dia", parece que as palavras falham.
Se tentasse, de alguma maneira, descrever em palavras tudo o que és, fazes e significas, eu iria estar a tornar-te insignificante e até a reduzir a tua importancia. Portanto, meu amor, eu vou dizer, aqui, superficialmente, tudo o que de bom me proporcionaste nestes anos ( poucos ) em que nos conhecemos.
É verdade. Como eu disse são poucos os anos que nos conhecemos. Vai fazer 3anos meu amor. Nestes 3anos tu tens sido, para mim, uma fonte de força e de alegria. Quando estou mal, tu sabes sempre o que dizer-me, o que fazer-me. Quando estou feliz, tu sabes sempre o sorriso que tens que me dar.
Quando o mesmo acontece, mas invertendo-se as pessoas, eu faço exactamente o mesmo, sem tirar nem acrescentar bocadinho nenhum.
Temos sido, sem margem para duvidas, o refugio uma da outra. Em qualquer ocasião de qualquer dia, tu és "a tal".
Como já te disse muitas vezes antes, poucas são as Mulheres da minha Vida, pouquissimas, a bem dizer. Mas tu, Cátia, tu és uma delas e espero solenemente que seja assim, durante muitos, muitos anos.
És uma daquelas pessoas a quem se pode tratar por amiga. E ser amiga não é dizer "eu sou tua amiga", não. Ser amiga é saber sê-lo, é saber dar-te por inteiro a uma causa a uma pessoa. Ser amiga é uma entrega mutua de confiança, de carinho, de Amor. Ser amiga é estar lá, para o bem, para o mal. Para o remediável, e para o irreversivel. Ser amiga é ser como tu. Assim, pronta para tudo. Pronta para dar sem intensão de receber. Pronta para abraçar, sem intensão de sofucar. Pronta para amar, mesmo quando alguém não tem cabeça para dizer "eu também te amo". Ser amiga, meu amor, é ser tudo isso que tens sido até hoje. É ajudar a tomar as decisões mais dificeis. É ajudar a desistir. É ajudar a investir. E no fim, quando triunfo é dizer "eu tenho tanto orgulho em ti".
Hoje disseste-me isso, ontem disse-to eu. ´
Se calhar nunca te disse entre tantas palavras e memórias, mas amor, tu és o meu orgulho.
Colegas há muitas, Amigas há poucas, Melhor Amiga só há uma, e tu és a minha.
Para ti, só mais duas palavras que se resumem a Tudo:
Amo-te e Obrigada♥