sexta-feira, 19 de agosto de 2011

sister.♥

Tu mereces que eu fale de ti com o maior amor que existe, mas hoje estou sem imaginação. Vou deixar decorrer tudo como se os dedos deslizassem sozinhos por este teclado e escrevesse tudo o que sinto.
Foi de uma maneira linda a primeira vez que nos vimos. Eramos «rivais», jogavamos em equipas diferentes e que, por sua vez, estavamos em competições para ver qual chegava mais avante. Mas a rivalidade que existia entre equipas era uma rivalidade boa. Ou seja, nós tinhamos entre nós uma amizade, nunca antes vista. Não nos conheciamos e aliás, não conhecia ninguém da tua equipa, tu lembras-te ? Mas com a ligação que estabelecemos, começamos a dar-nos lindamente.
Todas as semanas esperavamos por aqueles tão lindos Sábados que nos envolviam num ritual que era unico. Sabiamos que só uma equipa poderia passar mas ainda assim, estavamos juntas, todas juntas.
Eu sei que a equipa tinha várias jogadoras, mas desde sempre tu eras «aquela» menina. Aquela que estava sempre lá, que falava sempre da melhor maneira, que apoiava sempre quando os jogos eram com outra equipa. Tu estavas lá, sempre presente, meu amor.
E quando, no final, a minha equipa passou e a tua (infelimente) ficou para trás, tu sorriste, desejaste boa sorte. Mostravas ser, desde cedo, uma grande amiga, só pelo facto de perguntares sempre que tinhamos jogo «ganhaste?» e esperavas impacientemente uma resposta positiva. Quando eu dizia que sim, eu sabia que era uma vitória para ti também, e que isso nos ia unindo, cada vez mais.
Quando também a minha equipa saiu do campeonato, tu sentiste tal como eu e todas as nossas jogadoras. Tu eras um apoio, principalmente para mim.
Foi aí que a amizade começou a aumentar. E eram conversas de horas. Desabafavamos sobre tudo, sobre todas as coisas, sem preconceitos nem rodeios. Eramos uma convertida no corpo de duas. Era só um amor dividido por dois corações.
Já passamos por altos e baixos. Por momentos bons e maus. Ja choraste e eu sequei as lagrimas, por vezes com palavras, tal como ja aconteceu ao contrario.
Ja rimos ás gargalhadas tipo tolinhas e tambem ja discutimos tipo «irmãs». Já nos ralhamos mutuamente como ja nos apoiamos da mesma maneira.
Contudo, mesmo com estes obstaculos nós vencemos tudo, todos e todas as barreiras. Nós ultrapassamos medos juntas. Vencemos «maus olhares» alheios. E hoje estamos aqui, juntas e unidas como no inicio. Continuamos, portanto, a ser uma só mas em dois corpos. E o amor que partilhavamos continua, por nós, a ser partilhado.
Os sorrisos que davamos, esses permanecem em nós. E as chamadas de atenção mutuas também continuam bem presentes.
A minha admiração por ti e pela tua pessoa, continua a aumentar de um jeito incontrolavel. E o orgulho, esse está sempre presente.
A ti, minha irmã, agradeço por estares aqui dias e noites, sem me deixar cair e sem me deixar chorar. Por estares aqui dias afim e noites sem fim. Por seres tu mesma e nunca mudares.
És mais forte que ferro, e dás-me a força que preciso quando estou em baixo.
Por ti, farei exactamente o mesmo quando precisares e a ti darei o maior amor que poderei dar a alguém. Mesmo com todas as diferenças notáveis que existem, tu és uma grande e eterna Mulher da minha Vida.
Há irmãs que são de sangue, e outras de coração. Tu não és de sangue, mas o que te doi a ti, doi-me a mim. Estás interligada ao meu coração, não pelo mesmo sangue, mas pelo mesmo amor.
Filipa Alexandra Magalhães Costa, amar-te não se define

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